quarta-feira, 23 de maio de 2012

Acerca Da Vida E Do Amor


Quero Viver ...Por BA

Frases soltas,
simples
Ideias breves,
sumidas
Desejos marcados,
vincados
Sonhos achados
Sonhos que não quero
sonhar
Sonhar… sonhar
Viver, amar
descobrir, desvendar
sentir, inventar
correr, correr…
até mais não poder
esgotar todas as forças
não ter nada para saber
ter tudo para aprender
Quero viver, quero viver.



Acerca Do Amor.. Por Paulaj
Quero-te e não te quero,
Sou e não sou,
Quando sou quero-te,
Quando não sou amo-te,
Mas eu não quero amar-te,
E será que te quero sem querer?
Llueven Ideas Por Giovanni Bernardes 
Llueven pensamientos y mi paraguas está roto,

llueven ideas, más ideas y él no me guarnece.
 Llueven letras, más letras que penetran en la tierra,
sale el sol, nace la vida, brotan conocimientos.

LLueven ideas que mojan, remojan y me empapan,
llueve fuerte, no paran las ideas, más ideas.

Llueve torrencialmente y me sacudo como un perro,
salpicándote con locas ideas intangibles.
 Gotas de ideas que no las podemos poseer,
gotas de lucidez que no podemos entender.

Podemos beberlas, ingerirlas y digerirlas,
gotas de vida que  empapan por dentro y por fuera.
 Gotas gordas y redondas, que pican y repican,
se funden sobre el mar, en un violentísimo mar.

Maremotos de pensamientos, qué  fuerza brutal,
fuerte tormenta de ideas. Y él ya no me guarnece.
 Llueven grandes gotas de  ideas y qué me importa,
que me importa que llueva y mi paraguas esté roto.

A Vida...Por Guerreira Xue
É Noite mal dormida

É paixão recolhida
É passear com a melhor amiga
É repartir a comida

A vida também pode ser...
Assistir o sol nascer
Arriscar e perder
ver o dia chover
E as estrelas aparecer

Viver não é só amar
É se deixar ser amado
Se permitir, ser encontrado
E se cair...Esperar ser amparado

Perder algumas certezas
Achar outras alegrias
Chorar umas tristezas
E  ser grata pelos seus dias
 Adormecida, Continuo A Querer Viver...Por Paulaj

Pesadelo? Bru-bru-bru, bruxa, bruxas,
Mulher sozinha, mulher sem homem,
Galdéria, lambisgoia, boa vai ela,
às vezes dor de cabeça, ourada
tanta noite, enorme, noite a mais!
Capuzes, olhos escondidos, vento,
vassouras, passeios nas nuvens,
a bebericar queimada em panelões,
chama, lareira e gatitos a ronronar...
Vozes na noite, falam para mim,
ouço-te, mas não te vejo, onde estás?
Nem as vozes mais doces me acordam,
adormecida, continuo a querer viver.
Salmacis...Por JN/2012
No teu corpo, uma cascata
Teu cabelo, corredio
Depois, na tua pele de prata,
Um sopro, um arrepio
Tua formosura quase mata,
A minha alma, por um fio.
E saíste dos aposentos
Dos meus simples sentimentos.

Secaste o corpo na cama
Com a febril gentileza
De quem não apaga a chama
Da visão da tua beleza.
Não troces pois de quem te ama
Com tanto orgulho e pobreza.
E ostentas, de fina veste,
A sedução que prometeste.
...
A minha mão é assim tua
E do teu templo sou pilar
Para pelas eras suportar
A ninfa banhando-se nua.






segunda-feira, 21 de maio de 2012

Labirintos


Labirinto
Que dias tão grandes e estúpidos!
O absurdo no sol que nasce e se põe,
Na chuva que teima em espreitar,
Na espera por milagres que não acontecem.
E nem o tempo podemos controlar?
Sucedem-se as horas como segundos,
Às vezes enormes e encravados,
Outras demasiado rápidos para um dia.
Não consigo fugir deste labirinto!
Passo dias a fazer o que não quero,
Trabalho para o fim do mês, do ano,
As noites são a minha única vitória.
Queres a pílula vermelha ou a azul?
Eu não quero é saber, quero ignorar,
Não quero pensar, quero esquecer,
Finalmente o que eu quero é não-ser.
A ausência de razão nos olhos amarelos!
Estou-me a nadificar, a esvaziar,
Gradualmente a não-querer, a desfazer,
Até conseguir ficar estupidamente feliz.

PaulaJ


Labirinto Ou... O Nascimento De Um Poema
  E aqui estava eu,
Olhando o papel escandalosamente branco
Num labirinto de palavras que teimavam em não sair
 Seriam talvez seis em ponto da tarde
De subito a caneta riscou o branco ...
E o poema por fim fez se poema
 Sou a nuvem  que se detem bebendo água no rio da tua sede
O lume que arde em tuas mãos e que te queima
Passo a passo percorro o ponto equidistante
Neste equilibrio instável
Sou a coisa por dizer na noite de todas as memorias por nós guardadas
Instante em que te sonho entre lirios e açucenas 
E te  procuro
Sou então o cavaleiro errante
A cavalgar corceis de vento com redeas de ternura á cintura
No instante em que te sonho perco me
Perco me num labirinto a tão poucos passos 
    de tocar a tua mão
 Wan


Num Labirinto 
Acordei rodeada de verde,
Sozinha.
Ouvi cânticos cândidos e contínuos
E levitei num labirinto de profunda sensibilidade.
Não sei onde estou.
Não quero saber onde estou
E não quero adormecer,
Mesmo que o sono
Me prometa viagens
Num sono azul.
BA

Meu  Labirinto

..É cheio de ruas tortas
caminhos estreitos
Algumas linhas retas
Muitas casinhas sem portas

Meu labirinto é grande
Foi eu mesma que criei
Com alguns becos sem saida
E quando penso que me achei
Estou de novo perdida

Meu labirinto é de tempo
No meu tempo de labriinto
Quando corria na noite descalça
Não importava se tinha noite ou vento

Hoje com saudade eu sinto
 Ninguém sabe
Niguém consegue ver
Cada um é quem cria
Seu labirinto de viver
Hilda Milk



quinta-feira, 3 de maio de 2012

Revolta


    Quero Revolta
Hoje apetece-me
entrar em revolta.
Daquela que tudo revira.
Revolta que grita
que não perdoa
que atira para a valeta.
Revolta que chama nomes,
feios,
e explode de raiva,
ruidosamente,
de rua em rua
pela minha voz,
rouca
de tão rara revolta.
Quero revolta!
Quero revolta! Já!…
Bem…
…eu estava só a brincar!…
BA

 

Estou Revoltada
    Estou revoltada, comigo, com os outros, com a vida
Com a indiferença fria e crua dos seres humanos
Com os maus tratos, a dor, a violência, a morte
Com a fome, a pobreza, a desigualdade, a injustiça
Com a destruição progressiva de um mundo caótico
Revoltada contra um Poder que não sabe governar
Contra um povo que apenas se limita a obedecer
Contra um país govenado por ditames absurdos
Contra a atroz apatia e impotência quotidiana
Contra a ditadura democrática que nos domina
Estou revoltada.

Paulaj Justiça

Abril

Era Abril...e foi ontem meu amor de algum dia
Cheirava a verde quase esperança
No vermelho sangue de um cravo
Renascido
Cheirava a campos de além  Tejo
A trigo -ouro amadurecido
Regado com teu suor
Teu tesouro tua cama e tua mesa


Hoje.......hoje meu amor que não terei
Cheira a cravo vermelho esquecido -pisado
Cravo  cravado num povo que já não sabe sorrir

 Wan Laryukov


Não Não Não...

Evito a guerra armada
Não procuro a morte
Sei que quando ela chegar
Saberá onde me achar.
No mundo da exposição explicita
Gosto de sombra e da discrição
Não quero reconhecimento
Pois nem eu mesma me conheço
Não tenho mais idade
E na dúvida, eu não mereço.
Nem sou dona da verdade
Há muito que larguei da ambição
Nem ando a cata do amor
Tão pouco escuto o coração
E por menos que eu tenha
Para tudo eu dou valor
Não não não...
Prefiro não querer ou exigir nada
E se acaso algo eu ganhar
Como que surpresa com o presente
Quero me sentir contente e gratificada

Hilda Milk