quinta-feira, 3 de maio de 2012

Revolta


    Quero Revolta
Hoje apetece-me
entrar em revolta.
Daquela que tudo revira.
Revolta que grita
que não perdoa
que atira para a valeta.
Revolta que chama nomes,
feios,
e explode de raiva,
ruidosamente,
de rua em rua
pela minha voz,
rouca
de tão rara revolta.
Quero revolta!
Quero revolta! Já!…
Bem…
…eu estava só a brincar!…
BA

 

Estou Revoltada
    Estou revoltada, comigo, com os outros, com a vida
Com a indiferença fria e crua dos seres humanos
Com os maus tratos, a dor, a violência, a morte
Com a fome, a pobreza, a desigualdade, a injustiça
Com a destruição progressiva de um mundo caótico
Revoltada contra um Poder que não sabe governar
Contra um povo que apenas se limita a obedecer
Contra um país govenado por ditames absurdos
Contra a atroz apatia e impotência quotidiana
Contra a ditadura democrática que nos domina
Estou revoltada.

Paulaj Justiça

Abril

Era Abril...e foi ontem meu amor de algum dia
Cheirava a verde quase esperança
No vermelho sangue de um cravo
Renascido
Cheirava a campos de além  Tejo
A trigo -ouro amadurecido
Regado com teu suor
Teu tesouro tua cama e tua mesa


Hoje.......hoje meu amor que não terei
Cheira a cravo vermelho esquecido -pisado
Cravo  cravado num povo que já não sabe sorrir

 Wan Laryukov


Não Não Não...

Evito a guerra armada
Não procuro a morte
Sei que quando ela chegar
Saberá onde me achar.
No mundo da exposição explicita
Gosto de sombra e da discrição
Não quero reconhecimento
Pois nem eu mesma me conheço
Não tenho mais idade
E na dúvida, eu não mereço.
Nem sou dona da verdade
Há muito que larguei da ambição
Nem ando a cata do amor
Tão pouco escuto o coração
E por menos que eu tenha
Para tudo eu dou valor
Não não não...
Prefiro não querer ou exigir nada
E se acaso algo eu ganhar
Como que surpresa com o presente
Quero me sentir contente e gratificada

Hilda Milk





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