segunda-feira, 21 de maio de 2012

Labirintos


Labirinto
Que dias tão grandes e estúpidos!
O absurdo no sol que nasce e se põe,
Na chuva que teima em espreitar,
Na espera por milagres que não acontecem.
E nem o tempo podemos controlar?
Sucedem-se as horas como segundos,
Às vezes enormes e encravados,
Outras demasiado rápidos para um dia.
Não consigo fugir deste labirinto!
Passo dias a fazer o que não quero,
Trabalho para o fim do mês, do ano,
As noites são a minha única vitória.
Queres a pílula vermelha ou a azul?
Eu não quero é saber, quero ignorar,
Não quero pensar, quero esquecer,
Finalmente o que eu quero é não-ser.
A ausência de razão nos olhos amarelos!
Estou-me a nadificar, a esvaziar,
Gradualmente a não-querer, a desfazer,
Até conseguir ficar estupidamente feliz.

PaulaJ


Labirinto Ou... O Nascimento De Um Poema
  E aqui estava eu,
Olhando o papel escandalosamente branco
Num labirinto de palavras que teimavam em não sair
 Seriam talvez seis em ponto da tarde
De subito a caneta riscou o branco ...
E o poema por fim fez se poema
 Sou a nuvem  que se detem bebendo água no rio da tua sede
O lume que arde em tuas mãos e que te queima
Passo a passo percorro o ponto equidistante
Neste equilibrio instável
Sou a coisa por dizer na noite de todas as memorias por nós guardadas
Instante em que te sonho entre lirios e açucenas 
E te  procuro
Sou então o cavaleiro errante
A cavalgar corceis de vento com redeas de ternura á cintura
No instante em que te sonho perco me
Perco me num labirinto a tão poucos passos 
    de tocar a tua mão
 Wan


Num Labirinto 
Acordei rodeada de verde,
Sozinha.
Ouvi cânticos cândidos e contínuos
E levitei num labirinto de profunda sensibilidade.
Não sei onde estou.
Não quero saber onde estou
E não quero adormecer,
Mesmo que o sono
Me prometa viagens
Num sono azul.
BA

Meu  Labirinto

..É cheio de ruas tortas
caminhos estreitos
Algumas linhas retas
Muitas casinhas sem portas

Meu labirinto é grande
Foi eu mesma que criei
Com alguns becos sem saida
E quando penso que me achei
Estou de novo perdida

Meu labirinto é de tempo
No meu tempo de labriinto
Quando corria na noite descalça
Não importava se tinha noite ou vento

Hoje com saudade eu sinto
 Ninguém sabe
Niguém consegue ver
Cada um é quem cria
Seu labirinto de viver
Hilda Milk



4 comentários:

  1. Respostas
    1. Obrigado Fazendeiro/Merlim.Os labirintos são mesmo impressionantes...Diga também, meu amigo, como é seu labirinto.

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  2. Parabéns por essas doces palavras,que são
    capazes de preencher até o mais vazio
    coração de um ser humano...

    Milhares de Sorrisos para você sempre!!!

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  3. Muito obrigada por nos ler também Nilda querida.Espero que nunca nos falte emoção para encantar.Beijo grande e volte sempre amiga.:-)

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